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Matéria: Compartilhamento de bicicletas e patinetes


Compartilhamento de patinetes e bicicletas é nova alternativa para as cidades

A partir do mês de agosto, a cidade de São Paulo contará com um sistema compartilhado de patinetes elétricos. Alternativos aos carros, eles chegam depois do sistema de compartilhamento de bicicletas se popularizar na cidade.

As empresas Scoo e Ride são as primeiras a operar o serviço. A primeira, começou no último dia 11 com 100 patinetes disponíveis principalmente na região da Avenida Paulista, mas também com presença na ciclovia da Avenida Faria Lima.

Só no primeiro fim de semana de cadastro pela internet, mais de 300 pré-inscrições foram realizadas para que o acesso fosse liberado para o uso dos patinetes no período de teste, que não tem data estabelecida para terminar, mas deverá durar entre 30 e 90 dias. Após esse período, será cobrado R$ 1 para destravar.

“Embora o sistema esteja em fase inicial, os paulistanos têm sido bastante receptivos em relação à utilização deste novo modal de transporte, que visa atuar como um agregador a outros modais, e não ser um concorrente”, explica Maurício Duarte, sócio-investidor da Seeds Capital e porta voz da Scoo.

Já a Ride, está finalizando os trabalhos para estrear oficialmente seus patinetes até o fim do mês. Serão 50 veículos disponíveis na região da Avenida Faria Lima que custarão R$ 2,5 para destravar.

Ecológicos, ambos os modelos são elétricos, silenciosos, alcançam 20 km/h e pesam pouco mais de 10 kg. Para utilizar o serviço, o condutor deverá baixar o aplicativo no Google Play ou na Apple Store e fazer a busca pelo patinete mais próximo.
Eles chegam num sistema em que não existem estações, conhecidos como dockless, em que o usuário retira o veículo em um dos locais indicados pelo aplicativo por meio de GPS. Ao chegar no local, deve-se escanear o QR code com a câmera do smartphone e destravá-lo.

Os usuários são orientados a utilizar as ciclovias. Pelo menos neste primeiro momento de testes, a devolução do veículo deverá ser feita em um dos pontos marcados no aplicativo. O valor da corrida vai ser cobrado pelo tempo de uso e não pela distância percorrida, já que a lógica é a de percorrer microrregiões. O minuto de uso da Scoo custará R$ 0,25, e o da Ride, R$ 0,50.

As empresas se basearam na Resolução 465 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece a equiparação entre os veículos ciclo-elétricos e ciclomotores aos equipamentos obrigatório para condução nas vias públicas abertas.

Bicicletas sem estação

A novidade chega semanas depois da empresa Yellow lançar uma nova modalidade de bicicletas compartilhadas sem estações na cidade. Elas podem ser deixadas em qualquer via pública, ocupando o espaço destinado ao estacionamento de veículos, e travadas por meio de um cadeado na roda traseira.

As bicicletas “amarelinhas” são fabricadas no Brasil e contam com acompanhamento por satélite, sensores, pneus sólidos – que não murcham – e painéis solares para recarregar os cadeados, além de outras inovações.

A proposta é diferente de serviços como CicloSampa, apoiado pela Bradesco Seguros, e o Bike Sampa, patrocinado pelo Itaú Unibanco em que os usuários precisam deixar as bicicletas em pontos específicos ao final do uso.

Cerca de 500 bicicletas fixas, sem marcha, foram disponibilizadas em alguns bairros do centro expandido da cidade e podem ser utilizadas por 1 real a cada 15 minutos. A empresa planeja ter 20 mil bicicletas em circulação em São Paulo até novembro e 100 mil em 2019, incluindo regiões periféricas e outras cidades.

A expectativa é que os sistemas funcionem como um complemento ao transporte público da cidade, em trajetos curtos entre as estações de trem e metrô ao local de trabalho ou as casas. Apesar de inicialmente instalados em São Paulo, a tendência é que se tornem mais comuns e populares no resto do país, tornando alternativas para a mobilidade urbana.
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